segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Arctic Monkeys no TIM

TIM Festival - 26/10/2007 - Rio de Janeiro





No princípio, a escuridão. Dái um susto: uma música começa a tocar. Mas onde estão os músicos? – procura-se naquela escuridão. Não havia ninguém. A música era dos caras, mas eles não estavam lá. Foi com isso que abriram o show. Quando ligam as luzes, os gritos são fortes. Os quatro estão lá no palco e emendam o intro a uma música nova. Todos meio calados agora para escutar aquela música desconhecida. No final, aplausos. Mas os quatro não querem nem saber. “This house is a circus” deu continuidade ligeira e esta nos deu alegria.

Sete refletores estão atrás da banda, no palco. Ascendem e apagam, conforme a música. E, conforme a música, o charme e empolgação dos quatro jovens ingleses do Arctic Monkeys atingem todos que estavam ali. “Brainstorm” veio trucidando. Eles pareciam máquinas de tão ensaiados que estavam. O público enlouquecia e logo surgiu uma, duas rodas-punk por perto de onde estava. Não estou querendo justificar as rodinhas, mas é quando aquelas pessoas, geralmente jovens, extravasam todos seus problemas ali. É uma forma de manifestação, mas que fique bem longe de mim. Voltando ao show, a banda era muito elétrica. Mandavam hits atrás de hits, na pegada forte de guitarras, baixo e bateria. As já famosas “Dancing shoes”, “The view from the afternoon” e “Flourescent adolescent” (que por sinal tocava nas rádios do Rio e Fortaleza “!”) fizeram todos cantar. Um show a parte foi dado pelo baterista, Matt Helders, que tocava com enorme segurança e agilidade, em sua bateria sempre à vista, do lado dos outros integrantes, e Alex Turner, com sua guitarra nervosa e voz rouca, balançava sua cabeleira, sempre voltando-se para o baterista ou o guitarrista Jamie Cook. Se pedissem para em uma palavra resumir o show, esta seria energia. Energia que passam esses ingleses e nos revigora por saber que o bom rock ainda está vivo. O clima intenso fazia muitas pessoas pular e dançar naquela noite. Ainda temos “Scummy” e “D is for dangerous” para continuar o repertório enorme de umas vinte músicas. “A certain romance” ficou para o final, encerrando o show. Dali saíram desacreditados, outros contentes. Mas uma coisa é certa: os ingleses realmente arrasam no palco.






*Fotos:












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