quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Diário pós-viagem - Rio de Janeiro, Tim Festival e Histórias p'ra contar

Três da manhã do dia 25 de outubro, Fortaleza. Levantamos. Lembro-me,ainda, que com muito sono. Eu e Maria Amélia, minha namorada, estávamos prestes a ir para o Rio de Janeiro. A lua era linda, grande e amarela, naquela madrugada. De dentro do carro, com os ingressos comprados para ver o Tim Festival, olhávamos frios para a cidade, como se ela não nos importasse mais. O objetivo era voar bem longe de Fortaleza. Veríamos os shows da Björk, Antony and the Johnsons, Arctic Monkeys e Hot Chip. A princípio, seria isto. Entretanto, o diferencial não estava somente nas bandas ou conhecer o Rio, as pessoas que estavam lá foram essenciais para que a viagem se tornasse o que foi.

Embarcamos. Havia o receio da chuva que, no dia anterior, acabara bloqueando a passagem para o túnel Rebouças, causando também desmoronamentos na “cidade maravilhosa”. Porém, nada estragara nosso animo. Fomos presenteados com a visão do nascer do sol, dentro do avião. Partíamos às 5 e 30 da manhã, para chegarmos às 8 no Rio. Como havia horário de verão, ajustei meu relógio para 9h. A chuva era fina na cidade, fazia 23°C. Do aeroporto Tom Jobim, partíamos para Copacabana. Nada de muitas surpresas no caminho para a casa de minha tia Cláudia, onde ficaríamos, até surgir o Centro, o porto, o Pão de Açúcar e as igrejas – dando-nos o espetáculo de imagens grandiosas. As propagandas – por sinal muito belas – do Tim compunham parte da cidade. Havia grandes blocos de concreto na forma do símbolo do festival, coloridos e espalhados por vários pontos e imensos cartazes em prédios e pontos de ônibus. Seguíamos num trânsito lento, com chuva leve.

Em casa, descansamos um pouco. Os ingressos foram entregues a nós, pois minha tia que os havia comprado e guardado. Ganhei um pôster do Tim, com programação do evento e logo anunciei que iria grudá-lo no meu quarto, quando voltasse de viagem. Tratamos de andar um pouco pela rua Ministro Viveiros de Castro, para conhecer a feira de frutas e legumes, naquela quinta-feira. Compramos morango, nêspera, – fruta que não encontramos por Fortaleza – uma pequena ameixa e um guarda-chuva. Na volta, encontramos Wallace, um grande amigo que também iria ao Tim. Subimos para casa, comemos as frutas e conversamos sobre música. Björk entrava sempre como assunto: a sua voz, roupas e hospedagem no Rio... Wallace mostrava-se o mais fanático pela cantora e todos diziam não acreditar ainda no show.

Depois de um tempo, já eram mais ou menos 5 horas. A chuvinha fina não parava. Pegaríamos o metrô, Wallace nos levaria ao Centro. No caminho, o céu nublado formava uma paisagem peculiar. No meio de dois prédios surgia um grande morro. Eu, chocado e maravilhado, descobrira naquele momento a enorme beleza do Rio de Janeiro. Da estação Cardeal Arcoverde, partimos para Uruguaiana. No Centro, visitamos lojas de instrumentos musicais, vimos a Biblioteca Nacional, na Cinelândia, e passamos pelo Centro Cultural Banco do Brasil, com Wallace de guia. Neste último, vimos um pouco da exposição “Lusa – A matriz Portuguesa”, que dá início à comemoração dos 200 anos da chegada da família real ao Brasil. Depois dali, um ótimo lanche no Subway (valeu pela dica, Wall). Umas dez horas da noite, ainda com pingos de chuva, tomamos um ônibus para casa: eu e Amélia descemos em Copacabana e Wallace na Barra da Tijuca. Deveríamos descansar, pois amanhã era o dia tão esperado.

Durante a manhã do dia 26, eu, tia Cláudia e Amélia saímos para passear em Copacabana. Fazia sol. Vimos os hotéis, a praia e, claro, as vacas do “Cow Parade” espalhadas pela orla. Passamos por Ipanema e entramos no hotel Fasano. Foi lá que conhecemos o bar “Londra”. Capas de discos penduradas nas paredes, a temática era escura e inspirava-se no rock inglês. Poltronas e sofás de couro eram bordados com a arte “God save the Queen” dos Sex Pistols. Enquanto duas grandes bandeiras estilizadas do Reino Unido, como cores da Itália, ficavam nas duas extremidades do bar. Seria ótimo tomar um drink ali, mas estava fechado, só abriria de noite. Continuamos o passeio rumo ao Leblon. A vista era linda da orla e o morro Dois Irmãos aparecia no fundo. Mais adiante, avista-se o Sheraton, hotel em que Björk estava hospedada. Lindo. Um prédio com cerca de vinte andares que ficava “colado” a um morro enorme e com vista para o azul do mar.

A próxima parada: comunidade da Rocinha. Pela simples indicação do motorista da van, decidimos subir a Rocinha. De cara, vimos algo bem diferente da zona Sul. A favela toda construída no morro era de impressionar. Subíamos numa passagem estreita, onde somente a van em que estávamos e um carro seriam capazes de passar. Em alguns trechos, nem isso. Acho que por isso havia muitas motos por ali. Um amontoado de fios, pessoas e casinhas nos invadiam. O transporte ia enchendo e comecei a observar melhor as pessoas da comunidade. Pessoas humildes e trabalhadoras estavam em sua maioria dentro da pequena van, ao mesmo tempo em que havia duas garotas conversando sobre internet e tinham celular de última geração. Uma das jovens, porém, contava suas dificuldades em conseguir dinheiro no trabalho. O que posso dizer é que me senti em Fortaleza, no momento em que vi uma propaganda grudada no poste das “bandas de forró” que se ouvem por aqui. Daí relacionei a fisionomia das pessoas, o lugar meio descuidado e a própria pobreza no plano material. Digo material, porque culturalmente o povo carioca parece-me mais profundo e enraizado nos seus costumes. Conheci a Rocinha de um modo distante, contudo, fizemos algo que muitos cariocas admitiram não fazer.

Na descida do morro, outro cenário: o luxo. Casarões e carros importados mostravam o contraste que presenciávamos naquele momento. Voltávamos em direção a Copacabana. O trânsito intenso nas avenidas da orla quase nos fez ir a pé para casa, mas esperamos na van, exaustos. Chegamos umas três horas da tarde e decidimos comer ali por perto no Cervantes o famoso sanduíche com abacaxi. Depois fomos para casa.

Esperamos Wallace no térreo do prédio, pois ele iria com a gente para o show. Em pouco tempo apareceu com sua camisa roxa da Björk. Subimos. O show da Björk era o mais esperado pelos 3 que estavam comigo. Eu aguardava mais o do Arctic Monkeys. Comentava-se qual seria o “set list” da cantora, qual sua roupa e se cantaria com Antony Hegart. Estava na hora de partir. De ônibus, fomos até a Marina da Glória, onde aconteceria o festival.

Ao atravessar a passarela do aterro do Flamengo, via-se de longe o grande letreiro iluminado em forma de seta escrito “Tim Festival”. Estávamos lá! E, muito empolgados, tiramos fotos e caminhamos para a fila. Agora éramos cinco, pois Juliana, amiga de Wallace, entrara para o grupo. Tudo era divertido na fila, enquanto Wallace e sua amiga contavam as aventuras no show, que foram outrora, do Franz Ferdinand. Mais meia-hora na fila e chega Alex direto de viagem, de mochila e tudo para ver Björk e Antony conosco. Logo entramos para a Marina da Glória. Tudo muito bem planejado. Havia contêineres coloridos que cercavam o lugar, vídeos sendo exibidos, bares, lanchonetes, luzes de néon, num espaço rodeado por água do mar. Letreiros iluminados mostravam-nos as tendas com os nomes das atrações. Após pegarmos a pulseira que daria direito ao show do Antony and the Johnsons e Björk, ficamos esperando dentro da tenda superequipada, com lugar para 4 mil pessoas. A fila para comprar bebida estava grande.

O piano de calda no palco não deixou dúvidas de que o primeiro a subir seria Antony. Com seu visual andrógino, descabelado e todo vestido de preto, ele aparece. Sua banda, composta por dois violinos, um baixo e um violoncelo, completam o visual dark: todos de preto para combinar?! O cantor inglês parece todo tímido, mas logo se solta com sua voz, ao piano. A pouca iluminação é para que o clima nos envolva melhor. Mas parece que não adiantava, pessoas conversavam do começo ao fim da apresentação. Antony, contudo, era bastante aplaudido entre as músicas. “Fistful of love”, “Cripple and the starfish” e “You are my sister” foram algumas das músicas mais esperadas e, muito bem executadas, fizeram parte de um repertório não muito extenso. Um show tipicamente acústico deixou a desejar pela falta de volume do piano tocado por Antony e, talvez, pela ausência de uma bateria em algumas músicas. A voz de Antony, todos concordaram, era realmente maravilhosa ao vivo. Prova disso foi o final com “Hope there’s someone”. Sua voz ecoava pela tenda e todos ficavam atônitos. Hegarty desejou-nos bom show (da Björk) e disse que talvez subiria no palco para cantar com a islandesa. Sabia que todos queriam Björk e o lugar não era tão apropriado para seu show. Foram apenas quarenta minutos de apresentação.

A musa Björk era muito esperada. Estava rodeado de fãs. No palco, começavam as mudanças. O cenário da cantora é todo enfeitado de bandeiras, com telões e equipamentos pesados. Sapos, peixes e outros animais estavam estampados na decoração tribal/oriental. A ansiedade tomou conta do público, que gritava seu nome. Quem primeiro apareceu foi o grupo de metais, composto por dez islandesas, todas maquiadas e vestidas no estilo “Volta”. Tocavam uma introdução, caminhando para o canto direito do palco. Nessa hora o público ia ao delírio. O restante do grupo foi entrando, dando corpo a música. Havia bateria, lap-tops e teclados. Quando Björk entra com “Earth Intruders”, ouve-se apenas os gritos da multidão que cantava. A pequena estava no seu vestido dourado reluzente de plástico, descalça e com sua coroa na cabeça. A partir de então começava o espetáculo. Björk ia de um lado para o outro, enquanto o público dançava o ritmo tribal. E tudo se tornava mágico com sua interpretação a cada música. O show passou não só a explorar seu último disco, mas canções de toda sua carreira como cantora solo. “Hunter” foi enigmática e assustadora. “Unravel” me pegou pelo pescoço, puxou-me para outra dimensão e me fez chorar. “I miss you” e “Army of me” foram cantadas em coro por todos que estavam ali. “Pagan Poetry”, mais do que linda, tornou-se destaque na apresentação. Björk ria, fazia carinha de bruxa, dançava e dizia “obrigado”, em português mesmo. Os lasers verdes, a espuma branca que ela soltava da mão, a incrível sonoridade e estilo do “reactable”, unida ao pique do DJ björkiano, e as islandesas sempre acompanhando as músicas, não saíram de minha cabeça ainda. “Wanderlust” teve maravilhosa apresentação também. Até ali Antony não apareceu, nem apareceria, pois estava no palco das Divas. Mas a pequena islandesa por si só deu um show à parte. Em uma hora e meia de show, não acreditávamos que tudo havia acabado. Mas Björk voltou para o “grand finale”. Uma música que valeu por mil: “Declare Independence” compôs o Bis. A cantora apresentava a banda e agradecia muito, enquanto as meninas islandesas formavam um círculo em torno da musa. “Declare Independence” tem um ritmo forte, crescente e eletrônico e todos se uniam num ritual cego, cantando e pulando. Lembrava uma festa rave. Pedaços de papeis luminosos jorravam do palco e o público enlouquecia. Era uma noite de festa e tudo acabou como num sonho.

Estávamos estarrecidos, perdidos no meio de tanta gente. Agora, eu, Alex e Amélia procurávamos um lugar fora da tenda, pois nos perdemos dos outros. Tia Cláudia saíra, porque não assistiria aos outros shows. Cansados ao extremo, sentamos no banco do lado de fora. Havia chovido e agora caia um chuvisco. Alex se despediu, dizendo que iria para a tenda dedicada às divas. Em poucos minutos, Wallace liga. Diz que está vindo nos encontrar com Juliana. Daí, nem esperava, conheci Fábio pessoalmente que me presenteou com o último disco da Nação Zumbi, “Fome de Tudo”. Eu, claro, adorei o presente e agradeci. A noite tinha tudo para ser perfeita. Pessoas super especiais, com ótimos shows, num lugar muito lindo. Tudo muito bom, até que eu e Amélia tivemos que enfrentar a file das pulseiras para o próximo show. Lá fomos nós. Wallace e Ju já tinham pego e Fábio estava com sua credencial. Fila, como sempre, é chata. Demorou e estava com medo de perder o Arctic Monkeys. Mas deu certo. Com as pulseiras, voltamos para encontrar o grupo. Porém, bateu a fome e entramos para a fila do cachorro-quente. Fui avisar ao pessoal, enquanto Amélia ficava na fila que parecia não andar. Quando cheguei, estava Wallace, Ju e um casal de amigos deles. Fui apresentado e voltei para ajudar Amélia. Acabamos invertendo os papéis: fiquei na fila e ela foi descansar com o grupo. Aconteceu algo curioso comigo. Uma moça pediu-me para que comprasse um hot-dog para ela. E eu disse: “OK, entre na minha frente se quiser”. Ela ficou ali do lado, meio que querendo nada. No final das contas, acabou pagando meu sanduíche. Voltei feliz e disse: “ganhei um cachorro-quente!”. - “Como assim?”. Foi a moça que insistiu.

Já estava na hora da próxima estação, então, corremos para a fila. Fábio estava com a gente. Na entrada da tenda, que por sinal era a mesma da Björk, já se ouvia as batidas do grupo britânico Hot Chip.

A banda, considerada, no cenário do novo rock, como new rave, fez jus à característica que os críticos lhe empregaram. Na tenda, muitos dançavam e se divertiam com as batidas eletrônicas. As músicas ao vivo pareciam ser mais extensas. Eles abriram o show com “And I was a boy from school…” e deram início ao repertório variado, para todos os gostos. O som das batidas estava muito alto e dava-nos a sensação de estarmos presentes numa festa eletrônica, com o show de luzes e pessoas se deixando levar pelas pulsações. Mesmo sendo algo bem eletrônico, o Hot Chip apimentava o som com guitarra e percussões. Um show realmente animado, diferente do CD, que parece morto, às vezes. Deu até vontade de dançar ao som de “Over and over”. As músicas se emendavam e os caras no palco se moviam sem jeito, numa dança tímida e maluca, típicas deles. Foram, aproximadamente, 50 minutos de show. Pois, é bem verdade que a maioria das pessoas ali esperava a próxima banda: o Arctic Monkeys.

Cansados, eu, Amélia e Wallace sentamos no chão. Tirávamos fotos. Fábio esperava muito do próximo show, Amélia e eu também, por isso descansávamos, enquanto os equipamentos do palco eram trocados. Lembro-me que os amplificadores das guitarras ficavam à direita, bateria e baixo à esquerda. Era uma montagem de palco simples, comparada a de Björk. Microfones, guitarras e bateria eram testadas: tudo pronto para os macacos entrarem.

No princípio, a escuridão. Dái um susto: uma música começa a tocar. Mas onde estão os músicos? – procura-se naquela escuridão. Não havia ninguém. A música era dos caras, mas eles não estavam lá. Foi com isso que abriram o show. Quando ligam as luzes, os gritos são fortes. Os quatro estão lá no palco e emendam o intro a uma música nova. Todos meio calados agora para escutar aquela música desconhecida. No final, aplausos. Mas os quatro não querem nem saber. “This house is a circus” deu continuidade ligeira e esta nos deu alegria.

Sete refletores estão atrás da banda, no palco. Acendem e apagam, conforme a música. E, conforme a música, o charme e empolgação dos quatro jovens ingleses do Arctic Monkeys atingem todos que estavam ali. “Brainstorm” veio trucidando. Eles pareciam máquinas de tão ensaiados que estavam. O público enlouquecia e logo surgiu uma, duas rodas-punk por perto de onde estava. Não estou querendo justificar as rodinhas, mas é quando aquelas pessoas, geralmente jovens, extravasam todos seus problemas ali. É uma forma de manifestação, mas que fique bem longe de mim. Voltando ao show, a banda era muito elétrica. Mandavam hits atrás de hits, na pegada forte de guitarras, baixo e bateria. As já famosas “Dancing shoes”, “The view from the afternoon” e “Flourescent adolescent” (que por sinal tocava nas rádios do Rio e Fortaleza “!”) fizeram todos cantar. Um show a parte foi dado pelo baterista, Matt Helders, que tocava com enorme segurança e agilidade, em sua bateria sempre à vista, do lado dos outros integrantes, e Alex Turner, com sua guitarra nervosa e voz rouca, balançava sua cabeleira, sempre se voltando para o baterista ou o guitarrista Jamie Cook. Se pedissem para em uma palavra resumir o show, esta seria energia. Energia que passam esses ingleses e nos revigora por saber que o bom rock ainda está vivo. O clima intenso fazia muitas pessoas pular e dançar naquela noite. Ainda temos “When the sun goes down” e “D is for dangerous” para continuar o repertório enorme de umas vinte músicas. “A certain romance” ficou para o final, encerrando o show. Dali saíram desacreditados, outros contentes. Mas uma coisa é certa: os ingleses realmente arrasam no palco.

Era o fim de mais um show. E o que mais poderia acontecer? Já havia certas expectativas, principalmente por parte da Amélia, em ver o Montage, banda cearense no palco dedicado às atrações nacionais. Mas não foi desta vez. A chuva acabou estragando tudo e os shows do palco “nacional” foram cancelados. Mas a ressaca nem nos deixava pensar direito.

Esperamos, meio paralisados pelo cansaço, o dia amanhecer para irmos embora. Mesmo com o show da Cibelle liberado, decidimos conversar ou apenas admirar a noite. Já eram cinco da manhã e uma tapioca com carne de sol (acreditem, tinha barraquinha de tapioca lá) foi nosso café da manhã. Partimos, eu e Amélia de táxi, enquanto Fábio e Wallace pegaram um ônibus por ali. O resto do grupo foi de carona.

Ficamos mais dois dias no Rio. Aproveitamos algumas coisas além do TIM, sim. Principalmente a amizade e carinho de todos de lá. Foi inesquecível, pelo momento em que vivíamos e por termos tanta sorte e atitude: tudo deu certo para nós. Já no ônibus, a caminho do aeroporto, quis ouvir uma certa cantora islandesa. Desde então não parei mais de ouvi-la. Felizes, realizados e com lembranças muito especiais, voltamos a Fortaleza. Era hora de começar a escrever tudo isso aqui.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

TIM em Fotos - Parte 2

Adentrando o Festival





*Parede luminosa


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*Visual moderno


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*Björk no Palco


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*Entre mãos


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*Entre lasers

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*Todos querem toca-la


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Enquanto, lá fora há um monumento TIM

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*Felicidade, porque não tem outra palavra


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*Amélia, Wallace e eu, esperando o Arctic Monkeys, felizes da vida...

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*Aí aparecem os macacos de sangue quente
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*Que soltam seus nervos...

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*para que tudo fique perfeito até o final

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*Nos últimos dias, foto tirada do último andar do Botafogo Praia Shopping

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*Pôster e pulseiras do tim: saudades...











sexta-feira, 23 de novembro de 2007

TIM em Fotos

Chegada ao Rio (25/10/07)







*"Olha o Pão de Açucar!" - Coisa de turista. Foto tirada de dentro do carro, na chuva, percebe-se.
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*Museu Nacional



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*Túnel, para chegar a Copacabana

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Correndo para o TIM (26/10/07)





*Vista da passarela, no Flamengo. De um lado o Pão de Açucar...


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*De outro, o caminho para o Festival

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*Amélia e eu, ainda na passarela



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*Chegando, só pra confirmar

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*Bom, agora está realmente perto

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Arctic Monkeys no TIM

TIM Festival - 26/10/2007 - Rio de Janeiro





No princípio, a escuridão. Dái um susto: uma música começa a tocar. Mas onde estão os músicos? – procura-se naquela escuridão. Não havia ninguém. A música era dos caras, mas eles não estavam lá. Foi com isso que abriram o show. Quando ligam as luzes, os gritos são fortes. Os quatro estão lá no palco e emendam o intro a uma música nova. Todos meio calados agora para escutar aquela música desconhecida. No final, aplausos. Mas os quatro não querem nem saber. “This house is a circus” deu continuidade ligeira e esta nos deu alegria.

Sete refletores estão atrás da banda, no palco. Ascendem e apagam, conforme a música. E, conforme a música, o charme e empolgação dos quatro jovens ingleses do Arctic Monkeys atingem todos que estavam ali. “Brainstorm” veio trucidando. Eles pareciam máquinas de tão ensaiados que estavam. O público enlouquecia e logo surgiu uma, duas rodas-punk por perto de onde estava. Não estou querendo justificar as rodinhas, mas é quando aquelas pessoas, geralmente jovens, extravasam todos seus problemas ali. É uma forma de manifestação, mas que fique bem longe de mim. Voltando ao show, a banda era muito elétrica. Mandavam hits atrás de hits, na pegada forte de guitarras, baixo e bateria. As já famosas “Dancing shoes”, “The view from the afternoon” e “Flourescent adolescent” (que por sinal tocava nas rádios do Rio e Fortaleza “!”) fizeram todos cantar. Um show a parte foi dado pelo baterista, Matt Helders, que tocava com enorme segurança e agilidade, em sua bateria sempre à vista, do lado dos outros integrantes, e Alex Turner, com sua guitarra nervosa e voz rouca, balançava sua cabeleira, sempre voltando-se para o baterista ou o guitarrista Jamie Cook. Se pedissem para em uma palavra resumir o show, esta seria energia. Energia que passam esses ingleses e nos revigora por saber que o bom rock ainda está vivo. O clima intenso fazia muitas pessoas pular e dançar naquela noite. Ainda temos “Scummy” e “D is for dangerous” para continuar o repertório enorme de umas vinte músicas. “A certain romance” ficou para o final, encerrando o show. Dali saíram desacreditados, outros contentes. Mas uma coisa é certa: os ingleses realmente arrasam no palco.






*Fotos: